É a casa mãe, construída por António Ayres de Mattos, em 1914, residência atual e sede da empresa. No rés do chão do edifício existe ainda um armazém de envelhecimento para os vinhos generosos selecionados.
ADEGA DO ROSCA
Todos os vinhos são elaborados numa adega que a família possui no centro da povoação de Galafura. A casa mãe desta adega foi construída em 1917 por direcção e risco de António Ayres de Mattos (1879-1956), pai dos actuais donos, numa propriedade com 3,5 hectares de vinha, sobre as ruínas de uma velha e pequena adega que adquirira a “ORosca“, alcunha do seu dono de então, certamente devido ao seu exagerado gosto e abuso do vinho. Por isso, a adega ficou sempre conhecida por ADEGA do ROSCA.
Sofreu importante remodelação em 1966 com a instalação de cubas de fermentação em betão armado com autovinificadores (tipo argelino), edificadas sobre os antigos lagares de granito aí existentes, construídos em 1926.
Ampliada em 1990 com um novo edifício contíguo, para satisfazer as necessidades crescentes dos vinhos engarrafados.
Possui uma capacidade de armazenagem de 1.000 pipas.
Vinificação:
As uvas brancas das castas Arinto, Gouveio ou Verdelho, Malvasia Fina, Rabigato, Síria e Viosinho são transportadas em caixas plásticas de 25kg, para evitar a sua maceração durante o percurso, a fim de prevenir a oxidação. São esmagadas apenas no dia seguinte para conseguir algum arrefecimento, enquanto não possuirmos uma câmara frigorífica.
As uvas tintas das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Francisca, Tinta Amarela, Mourisco e Bastardo são também transportadas em caixas plásticas de 25kg.
O vinho branco geralmente é feito de bica aberta, embora por vezes uma pequena parte seja feito com meia curtimenta, sendo a fermentação em cubas de aço inoxidável com temperatura controlada.
Atualmente os vinhos monovarietais são fabricados em cubas de fermentação pneumáticas e remontagem, em aço inoxidável, também com temperatura controlada.
Os vinhos generosos do ano são armazenados nesta Adega do Rosca e posteriormente selecionados e transferidos para envelhecimento em tonéis de madeira de castanho, avinhados, nas caves situadas no rés do chão da moradia residencial da família Coimbra de Mattos, a Casa da Calçada.
Os vinhos de pasto (mesa) brancos fazem um curto estágio em cubas de aço inoxidável e uma pequena parte correspondente ao vinho de meia curtimenta faz esse estágio em barricas novas de madeira de carvalho.
Os vinhos monovarietais fazem o seu estágio em barricas novas de madeira de carvalho.
QUINTA DOS MATTOS
É a quinta com maior tradição, sempre na posse da família, e talvez a que produz melhores vinhos, com 12,5 hectares de vinha, situada na íngreme encosta de Galafura, ladeada a Sul pelo pouco que ainda resta do caminho de pavimentação romana que ligava Galafura a Covelinhas, denominado “Caminho da Costa”. Hoje, tem um bom acesso pela estrada municipal que liga as duas citadas freguesias.
Na sua extrema mais alta, a norte, persistem indiferentes ao tempo, dois marcos pombalinos datados de 1761 (monumentos nacionais n.º 26 – lugar do Marco na estrada Galafura-Covelinhas e n.º 27 – lugar do Rossaio).
Na periferia da quinta, e fazendo parte desta, situam-se as vinhas do Vermelho (4,5 ha) e do Velal (4 ha), assim com o olival da Barroca (1,5 ha).
QUINTA DA LACEIRA
Situada já na vizinha freguesia de Guiães, concelho de Vila Real, em terreno de ligeira encosta, a uma altitude média de 580 metros, tem 10,5 hectares de vinha.
O seu nome – Laceira – significa ramada ou latada, que durante longos anos bordejava à frente da casa.
Esta quinta foi pertença do Dr. Joaquim Ayres Lopes (1840), tio bisavô dos atuais proprietários, a quem foi doada pelo sucesso obtido na defesa de uma importantíssima questão judicial.
Anexa, fica a vinha das Lamas – do Sargento-mor (José Ayres de Carvalho), bravo e poderoso antepassado da família (bisavô paterno).
Fazem ainda parte desta quinta as vinhas do Fojo, com 12,25 hectares, já na freguesia de Galafura, a uma altitude média de 575 metros.
Aqui se produzem uvas brancas que dão origem a excelentes vinhos brancos, frescos, ligeiramente acídulos, secos e aromáticos. Os tintos, não muito encorpados, são contudo bastante envolventes devido à sua maior acidez fixa que os torna muito agradáveis na boca e aromáticos.
QUINTA DAS CONDESSAS
Situada na vertente oeste do monte de S. Leonardo de Galafura, a Quinta das Condessas tem a sua história ligada a José Ayres de Mattos (nascido a 16.09.1786), tio bisavô dos atuais proprietários, que foi frade da Ordem dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho, no convento de Nossa Senhora da Graça, em Lisboa.
Frei José de Mattos regressou à sua terra natal, Galafura, após a extinção das ordens religiosas em 1836, na sequência da Revolução Liberal. Foi viver para a chamada Casa Velha, na Rua da Calçada, destruída por um incêndio em 1950.
Ficou na história familiar vinhateira por se ter dedicado em especial à plantação da vinha e embelezamento da Quinta das Condessas, construindo ele próprio muitos dos muros dos jeios ou socalcos aí existentes e a própria adega – o armazém das Condessas.
A vinha, com 12,5 hectares, foi recentemente reconvertida, tendo sido preservados alguns dos muros nas imediações do tanque e do armazém.
QUINTA DOS QUINTAIS
A Quinta dos Quintais, há várias gerações na posse do ramo Coimbra, da família Coimbra Ayres de Mattos, situa-se na sub-região de Sousa, da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, tem cerca de 3 hectares de vinha, conduzida em Sylvoz e ramada e está exclusivamente encepada de azal branco, ou na terminologia local de azal da Lixa.
O vinho com Denominação de Origem Controlada, é um VQPRD. É comercializado com a marca Quinta dos Quintais e vinificado na própria quinta, com as uvas nela produzidas e também aí engarrafado.
Faz parte da quinta, no centro da cidade da Lixa, no concelho de Felgueiras, a casa oitocentista onde nasceu o filósofo Leonardo Coimbra.